Estamos vivendo momentos difíceis no PT do Maranhão: a família Sarney resolveu investir para ter o apoio do PT, usou de todos os recursos, tais como cargos no primeiro escalão de governo, apoio a candidaturas, cooptação mesmo, utiliza das mesmas armas que vem sendo usadasjunto aos movimentos sociais, às lideranças, enfim....
A investida da família, dos representantes da oligarquia e os instrumentos usados não surpreendem, o que causa espanto e indignação é a subserviência das lideranças históricas do partido. Faz dias que penso e repenso, o que leva essas pessoas a ultrajarem sua história e só consigo achar, que estão cansados, que foram derrotados pelos obstáculos que todas as lutas pelos ideais libertários exigem que percorramos.
São lideranças, que como eu, percorreram as estradas literalmente tortuosas e sacrificantes do Maranhão na ousadia de consolidarmos e vermos esse partido legalizado, constituído como uma arma dos trabalhadores e trabalhadoras desse imenso país.
Ousamos sonhar e conseguimos irradiar nossos sonhos em muitos corações, de uma forma tão forte e alicerçada, que mesmo as denuncias do mensalão, da corrupção no governo dirigido pelo PT, não conseguiram abalar.
Agora vem esse concubinato, ou seria casamento com os algozes de todas as lideranças que lutaram e lutam pelo fortalecimento da democracia, do protagonismo dos grupos vulneráveis, principalmente dos empobrecidos, excluídos, expulsos e expropriados da terra, do trabalho, do alimento, dos direitos.
Esse concubinato, que pra se viabilizar exige o golpe vil, o tapetão, não terá êxito, porque nós que temos orgulho do que construímos, que temos uma herança de esperança e dignidade a deixar para as futuras gerações e em particular pra nossos filhos não deixaremos, não permitiremos, o PT é nosso, essa estrela não será apagada pela vida fácil que os cansados querem galgar, a eles deixamos um recado: mesmo cansados, sejam mais úteis, aposentem-se, criem cabras, plantem flores, a mãe terra agradecerá e a dignidade continuará a ser objeto de luta por aqueles que não se deixam abalar, nem comprar.
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