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pau d´arco - UFMA - 2014

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O USO DE DROGAS NO BRASIL.

Vários têm sido os levantamentos para analisar o uso de drogas no Brasil. Alguns de caráter geral, como os “Levantamentos Domiciliares sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil”, em 2001 e 2005, realizados nas 107 maiores cidades brasileiras, abordando pessoas entre 12 a 65 anos, bem como os estudos realizados em 2007 e 2010, “Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira”, realizado em 143 municípios, com pessoas maiores de 18 anos e “Uso de Bebida Alcoólica e outras drogas nas Rodoviárias Brasileiras e outros estudos”, efetivado em rodovias federais das 27 unidades federativas.
Somados aos levantamentos gerais, foram desenvolvidos estudos sobre populações específicas. Em 2003, foi realizado, nas capitais brasileiras, o levantamento com crianças e adolescentes em situação de rua. Em 2004 foi efetivado o “V Levantamento Nacional sobre Uso de Drogas Psicotrópicas entre estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública”, o qual foi estendido para as escolas particulares em 2010. Nesse mesmo ano foi realizado o “I Levantamento Nacional sobre Uso de Álcool, Tabaco e outras drogas entre universitários”.
Os referidos estudos demonstraram que 75% da população já experimentou álcool alguma vez na vida, observando-se, ainda “o consumo de álcool em faixas etárias cada vez mais precoces”. Além de constatar que 22,89% da população já utilizou outras drogas além do álcool e tabaco.
Das drogas ilícitas a maconha, seguida do solvente, foram as mais recorrentes, de acordo com as pesquisas gerais de 2001 e 2005. A maior prevalência de aumento entre as duas pesquisas é ocupada pelos estimulantes (anfitamínicos), mas também fica demonstrado o aumento da utilização de cocaína, crack, anabolizantes, barbitúricos e benzodiazepínicos dentre outros e estabilizado os percentuais de uso da merla.
Fica também demonstrado que 11% da população bebe todos os dias, 28% ingerem álcool de 1 a 4 vezes na semana e 9% são dependentes, isto é, não conseguem cumprir suas obrigações cotidianas devido ao uso do álcool ou a seus efeitos, “passa quase que a totalidade do seu tempo ou sob efeito ...ou para obter a substancia”.
Nas rodovias foi detectado que 25% dos motoristas bebem pesado, ou seja fazem uso do álcool mais de 20 vezes ao mês, apresentando estes, transtornos psiquiátricos.
Entre os estudantes 65% já utilizaram algum tipo de droga na vida, sendo que 11,7% desse segmento social faz uso freqüente (6 ou mais vezes ao mês) e 6,7% faz uso pesado (20 ou mais vezes ao mês) e 12% usam energéticos, que embora não sejam considerada substancia psicotrópica, usado prolongadamente pode causar efeito excitatório. Em relação aos universitários 86,2% já usaram álcool e o índice de uso é mais elevado que na população em geral.
As crianças e adolescentes, entre 10 a 18 anos, em situação de rua, que não moram com a família, 88,6% tinham usado algum tipo de droga, uma mês antes da pesquisa .
Vale ressaltar que todas as taxas são bem inferiores às apresentadas pelas pesquisas realizadas nos EUA, entretanto maiores, em alguns casos aos dados referentes à Colômbia.
Complementarmente é interessante registrar que o nível de apreensão de drogas pela Polícia Federal, em relação à maconha e cocaína permaneceu estável no período de 1998 a 2008, tendo diminuído a apreensão de lança-perfume e aumentado a apreensão dos comprimidos de ecstasy.
Em relação à internações de adultos houve uma diminuição de mais de 37% no período de 1998/2008 (64.702/24001), sendo apontado como uma das principais causas a criação dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad), em 2002.
Dados extraídos do Curso Prevenção do Uso de Drogas em Instituições Religiosas e Movimentos Afins – Fé na Prevenção http://www.fenaprevencao.org.br/senad/course/view.php?id=4