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pau d´arco - UFMA - 2014

sábado, 23 de março de 2013

ADITAL
22.03.13 - Brasil
Crescem os conflitos pela água em 2012

CPT Nacional

Como era absolutamente previsível, cresceram de forma substancial os conflitos pela água em todo o Brasil em 2012, totalizando 115 conflitos, em 19 Estados da União, envolvendo cerca de 184.925 pessoas. Uma das razões fundamentais, sem dúvida, é o registro dos conflitos acontecidos em função da seca (36), embora a própria CPT reconheça que esse registro está aquém do real acontecido e em acontecimento, já que a longa estiagem não acabou.
Mas, a estiagem sozinha não explica o avanço dessa modalidade de conflito. Se abstrairmos os 36 conflitos registrados especificamente como oriundos da seca, mesmo assim totalizam 79, portanto, 11 a mais que em 2011.
Outra indicação séria que a seca não é a razão única do crescimento dos conflitos pela água é que aqueles registrados como oriundos da estiagem se concentram em apenas seis estados, sendo cinco do Nordeste e um da região sul (Santa Catarina).
Porém, quando nos debruçamos sobre os conflitos de água em geral, então eles abrangem 18 estados da federação. Dessa forma, podemos dizer que os conflitos pela água já adquiriram efetivamente uma dimensão nacional.
Os conflitos mais específicos, gerados pela seca, em muito diferem dos conflitos das longas estiagens do passado. Contam-se na história 41 "grandes secas”, a começar pela primeira registrada pelo Pe. Fernão Cardin de 1583/1585.
Já não temos as intensas migrações, a mortalidade infantil, os saques, as frentes de emergência e tantas outras situações aberrantes que caracterizaram socialmente um fenômeno que é natural. Porém, persistem as ocupações de bancos, órgãos públicos, fechamento de estradas, etc., normalmente para reivindicar políticas públicas e obras estruturantes que empoderem a população para os períodos de estiagem prolongada.
As secas acontecem todos os anos. A cada três décadas os períodos se emendam e elas se tornam mais prolongadas. É o que acontece no momento. Já quando olhamos especificamente para a tabela dos conflitos pela água de forma geral, então eles estão presentes em todo o território nacional por outras razões: destruição e poluição de mananciais, impedimento de acesso à água, apropriação privada, não cumprimento de procedimentos legais. Esses problemas são causados em sua maioria esmagadora pela construção de hidrelétricas, barragens e açudes, mineradoras, comandados por empresários e ações dos governos estaduais e federal.
Há um fenômeno não captado pelos dados que é a apropriação privada dos aquíferos subterrâneos, particularmente no Oeste Baiano, e também das águas de superfície para finalidade de irrigação. Mesmo assim, está evidenciado pelos números quem são os causadores dos problemas e quem são as vítimas.
O Brasil está desencadeando um processo paradoxal relativo à água: por um lado prossegue no rumo da privatização dos serviços de água; da construção de grandes obras que afetam o acesso das populações à água; da poluição de mananciais; da eliminação de mananciais pelo desmatamento e intenso uso da água para fins econômicos, principalmente a irrigação. Por outro lado desencadeou também um processo de abastecimento de água pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), no programa "Água para Todos” e no programa "Oferta de Água”, que inclui também a finalidade econômica. Vem daí a implementação de adutoras de médio e grande porte, sistemas simples de abastecimento para populações rurais, captação de água de chuva para beber e produzir, etc.
Esse paradoxo é por uma razão simples: a falta de visão sistêmica dos gestores nacionais os impede de relacionar a lâmpada com o interruptor, ou seja, não conseguem estabelecer uma política que permita o acesso à água e que também preserve os mananciais. A ganância do capital – hidronegócio –, apoiada pela política dos governos, desequilibra uma gestão que necessariamente deveria ser holística.
Com essa política os conflitos pela água vão estar em linha ascendente.
*Cinco estados registraram tanto conflitos por seca, quanto pela água, 13 só conflitos pela água – Total 18. Um, Alagoas, registrou só conflitos pela seca, perfazendo um total de 19 estados envolvidos nessa categoria de conflito.
Texto: Roberto Malvezzi (Gogó) – agente da CPT Bahia e assessor nacional da CPT.
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&lang=PT&cod=74296


20/03/2013 - 14h20

Deputados insatisfeitos com Feliciano lançam frente de direitos humanos

Grupo também planeja representação criminal contra vídeo
Alexandra Martins / Câmara dos Deputados
Imagem removida pelo remetente. Lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos
Deputados da Frente querem garantir espaço para discutir direitos na perspectiva das minorias
Em um auditório lotado de representantes de movimentos sociais, os parlamentares insatisfeitos com a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara lançaram nesta quarta-feira (20) uma frente parlamentar com o mesmo tema.
“O objetivo é assegurar um espaço para discutir os direitos humanos na perspectiva das minorias. Não queremos concorrer com a comissão, somente garantir espaço, já que o colegiado foi desvirtuado com a presença do Pastor Marco Feliciano”, disse o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que é um dos 11 coordenadores da nova frente, cuja instalação será oficializada na tarde desta quarta-feira.
A deputada Erika Kokay (PT-DF), que também é uma das coordenadoras, explicou que o objetivo do grupo é “criar um canal de diálogo dentro do Congresso para os setores que estão historicamente vulnerabilizados”.
Polêmica
A eleição de Pastor Marco Feliciano no último dia 7 foi marcada por polêmica. O deputado é acusado de ter feito declarações racistas e homofóbicas pela internet. “Cada dia que passa, o pastor mostra o seu caráter, desnuda a sua homofobia, desnuda o seu despreparo e o seu feitio antidemocrático”, acusou Kokay.
Nesta semana, circulou pela internet um vídeo com ataques aos deputados da nova frente parlamentar e a defensores de direitos dos homossexuais. O filme, de quase nove minutos, intitulado “Pastor Marco Feliciano Renuncia”, classifica Kokay, Wyllys e Domingos Dutra (PT-MA) como "tendenciosos”, “agressivos", “que visam à aprovação de leis como a legalização de entorpecentes, como a maconha” e à "liberalidade sexual, entre elas o casamento de pessoas do mesmo sexo".
No vídeo, o presidente da Comissão de Direitos Humanos diz que renuncia à sua "privacidade, noites de paz e sono tranquilo, momentos preciosos com a própria família a fim de não renunciar à Comissão de Direitos Humanos, para que sua família seja preservada".
Representação criminal
Kokay, Wyllys e Dutra já afirmaram que vão entrar hoje com uma representação criminal junto ao Ministério Público contra a produtora do vídeo. Chico Alencar (Psol-RJ) também declarou que planeja pedir à Corregedoria da Câmara uma investigação sobre o caso. “Precisamos apurar se a produtora de vídeo que fez essa peça ofensiva, discriminatória, racista, antimulheres e homofóbica o fez a expensas do próprio parlamentar, no uso do seu mandato público em benefício privado”, alertou.
Pastor Marco Feliciano já negou que tenha pagado ou encomendado a produção do vídeo e nega a veracidade de qualquer acusação. O pedido de investigação será apresentado à Corregedoria da Câmara na semana que vem, segundo Alencar.
Pressão de líderes
O grupo contrário a Feliciano ainda espera que os líderes partidários pressionem o PSC para que mude a indicação para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “O PSC tem vários deputados evangélicos decentes, honestos, que podem garantir a vaga do partido”, argumentou Domingos Dutra.
Segundo o líder do Psol, Ivan Valente (SP), parte da própria bancada evangélica já apoia a indicação de um novo nome para o colegiado. “O Marco Feliciano está sendo questionado dentro do seu próprio partido não só porque ele está tendo uma ascensão política, mas também por uma possível ascensão econômica, com a venda de CDs e DVDs em grande quantidade e também com o crescimento da sua candidatura. Tudo isso em prejuízo do próprio partido e inclusive do trabalho sério de setores evangélicos”.
Subtemas
Conheça os coordenadores da nova Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos e os temas pelos quais ficarão responsáveis:
1. Chico Alencar (Psol-RJ) – liberdade à crença e à não crença;
2. Domingos Dutra (PT-MA) – democratização da terra;
3. Erika Kokay (PT-DF) – crianças e adolescentes;
4. Janete Pietá (PT-SP) – gênero;
5. Jean Wyllys (Psol-RJ) – LGBT e outras expressões de gênero;
6. Luiz Erundina (PSB-SP) – verdade e direito à informação;
7. Luiz Couto (PT-PB) – violência e grupos de extermínio;
8. Luiz Alberto (PT-BA) – temas étnicos e raciais (1);
9. Padre Ton (PT-RO) – temas étnicos e raciais (2);
10. Nilmário Miranda (PT-MG) – combate à tortura e sistema carcerário;
11. Vitor Paulo (PRB-RJ) – idosos e pessoas com deficiência;
12. Alice Portugal (PCdoB-BA) - juventude.
Reportagem – Carolina Pompeu
Edição – Mariana Monteiro

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Aldeia Maracanã - É assim que se faz uma Copa?

"Cada vez que se comete um ato de violência que coloca em risco a integridade de um grupo social indígena, se esfacela sua cultura, seu modo de vida, suas possibilidades de expressão. É uma porta que se fecha para o conhecimento da humanidade, como dizia Levi-Strauss. É essa a Copa do Mundo que o governo quer fazer"? O comentário é de Fernanda Sánchez, professora da Universidade Federal Fluminense – UFF, em artigo publicado no jornal Brasil de Fato, 22-03-2013.

Eis o artigo.

Nesta sexta-feira, o Batalhão de Choque da Polícia Militar invadiu a Aldeia Maracanã, antigo Museu do Índio, e agiu com extraordinária truculência. Os policiais  jogaram bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo, gás pimenta, bateram nos manifestantes e prenderam ativistas e estudantes. A Aldeia estava ocupada desde o ano de 2006 por grupos representativos de diferentes nações indígenas que, nos últimos tempos, diante do projeto de demolição do prédio (para aumentar a área de dispersão do Estádio do Maracanã, estacionamento e shopping), vinham resistindo.

As lideranças indígenas são apoiadas por diversos movimentos sociais, estudantes, pesquisadores, universidades, comitês populares, organizações nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos, redes internacionais e outras organizações da sociedade civil. A luta dos índios e o conflito estabelecido entre o governo e o movimento resultaram num importante recuo do governo, que diante da pressão social desistiu da demolição do prédio e passou a defender a sua “preservação”. A desocupação do prédio foi decretada, com hora marcada. Os índios, no entanto, continuaram a resistir, apoiados por diversas organizações.

Certamente essa posição política ensina muito mais aos cidadãos cariocas e ao mundo sobre preservação, direitos e cidades do que as violentas ações que vêm sendo mostradas nos diversos meios. Para os índios e para as organizações sociais que os apoiam, preservar o prédio vai muito além de preservar sua materialidade. A essência da preservação, neste caso como em muitos outros, está na preservação das relações sociais, usos e apropriações que lhe dão sentido e conteúdo. Seria um exemplo para o Brasil e para o mundo a preservação da Aldeia Maracanã, o reconhecimento de seu uso social e a pactuação democrática acerca da reabilitação arquitetônica do edifício.

Cada vez que se comete um ato de violência que coloca em risco a integridade de um grupo social indígena, se esfacela sua cultura, seu modo de vida, suas possibilidades de expressão. É uma porta que se fecha para o conhecimento da humanidade, como dizia Levi-Strauss. É essa a Copa do Mundo que o governo quer fazer? É esse espetáculo da violência, a lição civilizatória que o Rio de Janeiro tem para mostrar ao mundo? A política-espetáculo tem um efeito simbólico: mostrar que o avanço do projeto de cidade, rumo aos megaeventos esportivos, far-se-á a qualquer custo.

Direitos humanos, democracia e pactuação estão fora da agenda deste projeto de cidade. Os manifestantes, em absoluta condição de desigualdade frente à força policial e seu aparato de violência, lançaram mão de instrumentos bem diferentes daqueles utilizados pelo Batalhão de Choque: ocuparam o prédio para apoiar os índios, resistiram à sua desocupação e manifestaram, no espaço público, nas ruas e avenidas do entorno do complexo do Maracanã, sua reprovação e indignação frente à marcha violenta desta política.
disponível - http://www.ihu.unisinos.br/noticias/518683-aldeia-maracana-e-assim-que-se-faz-uma-copa

Organizações cobram posicionamento público da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal com relação à presença de um racista, sexista e homofóbico na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara

As organizações abaixo assinadas vem, publicamente, requerer um posicionamento da Secretaria de Direitos Humanos (SDH/PR) quanto à eleição do Dep. Marco Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Com surpresa, temos acompanhado a falta de empenho político da SDH/PR, quanto a um fato que coloca em risco a garantia dos direitos humanos no país. A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara sempre foi uma instituição parceira dos movimentos sociais e da própria SDH/PR na promoção dos direitos humanos. Até o momento, não tomamos conhecimento de nenhum posicionamento oficial da pasta sobre a presidência da Comissão ser ocupada por um deputado declaradamente racista e homofóbico. Além disso, também não há nenhuma manifestação ou ação tomada pela SDH/PR quanto às movimentações da Bancada Evangélica na Câmara, capitaneada pelo Partido Social Cristão (PSC), com o objetivo de monopolizar a CDHM com uma explícita agenda de retrocesso de direitos. Isso nos leva a questionar qual o posicionamento da Presidência da República e do Governo Federal no que diz respeito à questão.

Lamentavelmente, esta atitude, que remete a uma omissão da Secretaria de Direitos Humanos e do Governo Federal, ocorre desde o início da atual gestão, quando foram desmobilizados todos os esforços dos movimentos de direitos humanos para a implementação do Programa Nacional de Direitos Humanos 3, o PNDH3, publicado por meio do Decreto nº 7037 de 21/12/2009. A atual gestão da Secretaria desconstituiu o Comitê Interministerial de Acompanhamento e Monitoramento do programa, previsto no Decreto, e publicamente afirmou que o PNDH traria uma “imagem negativa” para o governo.

A Secretaria de Direitos Humanos tem como missão institucional a defesa e garantia dos Direitos Humanos, especialmente de grupos historicamente discriminados e em situação de vulnerabilidade. É estarrecedora a falta de posicionamento público do Ministério também quanto a outras ações do Governo Federal, como o retrocesso da política de combate à homofobia nas escolas; à internação compulsória de usuários de crack e outras drogas e ao financiamento de comunidades religiosas terapêuticas. A SDH deveria questionar interna e publicamente medidas do próprio governo que retrocedem na garantia dos direitos humanos e fortalecem o fundamentalismo religioso, em uma clara violação da laicidade do Estado. Essas omissões contradizem os discursos emitidos pela Presidenta da República que, internacionalmente, defende a universalidade dos direitos humanos.

Diante dessas questões e tendo em vista que a SDH é o Ministério responsável por garantir a perspectiva de Direitos Humanos estabelecida pelo Governo Federal, requeremos posicionamento deste Ministério e da presidenta Dilma sobre a recente usurpação da CDHM por interesses privados contrários a efetivação dos direitos e sobre os recentes recuos na agenda dos direitos humanos no Brasil, em razão de alianças e pressões de setores religiosos conservadores.

Atenciosamente,

1.     ABECIPSI - Associação Brasileira de Editores Científicos de Psicologia
2.      ABEP - Associação Brasileira de Ensino de Psicologia
3.      ABOP - Associação Brasileira de Orientação Profissional
4.      ABPD - Associação Brasileira de Psicologia do Desenvolvimento
5.      ABPJ - Associação Brasileira de Psicologia Jurídica
6.      ABPP - Associação Brasileira de Psicologia Política
7.      ABPSA - Associação Brasileira de Psicologia da Saúde
8.      ABRANEP - Associação Brasileira de Neuropsicologia
9.      ABRAP - Associação Brasileira de Psicoterapia
10.  ABRAPEDE -  Associação Brasileira de Psicologia nas Emergências e Desastres
11.  ABRAPEE - Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional
12.  ABRAPESP - Associação Brasileira de Psicologia do Esporte
13.  ABRAPSO - Associação Brasileira de Psicologia Social
14.  ANPEPP - Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia
15.  AMNB - Articulação das Organizações de Mulheres Negras Brasileiras
16. AMB - Articulação de de Mulheres Brasileiras
17.  ASBRo - Associação Brasileira de Rorschach e Métodos Projetivos
18.  Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais - ABGLT
19.  CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria
20.  CFP - Conselho Federal de Psicologia
21.  Conectas
22.  CONEP - Coordenação Nacional dos Estudantes de Psicologia
23.  Conselho Federal de Psicologia
24. Conselho Indigenista Missionário
25. Crioula
26.  FENAPSI - Federação Nacional dos Psicólogos
27.  FLAAB – FEDERAÇÃO LATINO AMERICANA DE ANÁLISE BIOENERGÉTICA
28.  Fórum Cearense de Mulheres
29.  IBAP - Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica
30.  Instituto de Estudos Socioeconômicos - INESC
31.  Instituto Negra do Ceará.
32.  JusDh - Articulação Justiça e Direitos Humanos
33.  Justiça Global
34.  MNDH - Movimento Nacional de Direitos Humanos
35.  Plataforma Dhesca Brasil - Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais
36.  Rede Feminista de Saúde
37.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação
38.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Terra, Território e Alimentação
39.  Relatoria Nacional do Direito Humano ao Meio Ambiente
40.  Relatoria Nacional do Direito Humano à Saúde Sexual e Reprodutiva
41.  SBPH - Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar
42.  SBPOT - Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho
43.  SOBRAPA - Sociedade Brasileira de Psicologia e Acupuntura
44.  Sociedade Maranhense de Direitos Humanos
45.  Sociedade Paraense de Direitos Humanos - SDDH
46.  Tambores de Safo
47.  Terra de Direitos
48.  Centro de Direitos Humanos de Londrina - CDH-LD49.  Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará - CEDENPA
50.  Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente - ANCED
51.  Observatório de Favelas
52.  Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais - ABONG
53.  Coletivo de Entidades Negras - CEN Brasil

O MNDH QUER CONFERENCIA DE DIREITOS HUMANOS

As Conferências Nacionais de Direitos Humanos, realizadas desde 1996,têm se configurado em agenda de fundamental importância para definição das diretrizes e estratégias das políticas de direitos humanos em perspectiva integral. Constituem-se em espaço de convergência de agendas da sociedade, que se traduzem em propostas de ação e de mobilização, levando a novos compromissos do Estado brasileiro em seus vários níveis de governo (municipal, estadual e federal) para a garantia, a proteção e a promoção dos direitos humanos. A realização das Conferências marcou os últimos 17 anos.
 


Nasceram como iniciativa da sociedade civil em parceria com a então Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, como atividade anual nacional. Em 2004 foi realizada a IX Conferência e a primeira com convocação oficial, organizada por um Grupo de Trabalho Nacional,formado pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Discutiu a proposta de construção de um Sistema Nacional de Direitos Humanos e foi antecedida de Conferências locais e estaduais.  A segunda experiência neste sentido foi realizada em 2008, com a XI Conferência, a última. Nesta foram elaboradas as diretrizes e aprovadas propostas que vieram a compor o PNDH-3, lançado um ano depois, em dezembro de 2009.

 

A história demonstra e não deixa dúvida da importância da realização sistemática da Conferência, antecedida pela realização de conferênciasestaduais e municipais. Ademais, entre os compromissos do PNDH-3 está a participação da sociedade na política de direitos humanos através de vários mecanismos, entre os quais as Conferências. No entanto, até o momento, tendo se passado já mais de quatro anos da última edição,ainda não ocorreu uma nova Conferência e nem se tem notícia de que haveria possibilidade de sua convocação (depois de iniciado o processo de realização de conferências nunca se ficou tanto tempo sem realizá-la).

 

Diante disso, o Movimento Nacional de Direitos Humanos se sente no dever de reivindicar a realização desse espaço de participação. Urgente se faz que o governo federal se posicione sobre o assunto. A realização de uma nova conferência nacional - que pode ser oficial ou não, afinal na trajetória das conferências foi mais vezes realizada pela sociedade civildo que convocada oficialmente pelo governo federal - se faz urgente no contexto do processo de monitoramento e de avaliação da implementação do PNDH-3 e da necessidade de avançar na construção de um Sistema Nacional de Direitos Humanos, que resumem os compromissos assumidos respectivamente na IX e XI Conferências nacionais, as duas que tiveram a chancela de convocação oficial. Não pode a sociedade ficar à mercê da agenda governamental e da governabilidade. Por isso, o MNDH espera posicionamento do governo e conclama às organizações de direitos humanos para que se somem neste debate e construção. 


Assim pedimos a todos que assinem a petição eletrônica  clicando aqui 

COOPERAÇÃO PELA ÁGUA

Em 22 de março o mundo celebra o “Dia Mundial da Água”, que foi instituído pelas Nações Unidas (ONU) como forma de ajudar a humanidade a refletir sobre a importância deste bem que também é um dos direitos humanos. 

O ano de 2013, foi declarado como o “Ano Internacional de Cooperação pela Água” este tema ganha mais relevância, especialmente como parte de uma iniciativa mais ampla que é a “Década Internacional para Ação: Água fonte de vida” (2005-2015).

Segundo a Unesco, a “principal tarefa que a comunidade internacional enfrenta hoje, no campo dos recursos hídricos, é a transformação de obrigações assumidas em ações concretas que devem ser implementadas para benefício das pessoas, dos ecossistemas e da biosfera de maneira geral”. Por isso é que “criar oportunidades de cooperação na gestão da água entre todas as partes interessadas, bem como aprimorar a compreensão sobre os desafios e os benefícios da cooperação pela água, são ações que podem ajudar na construção de respeito, entendimento e confiança mútuos entre os países, e também na promoção da paz, da segurança e do crescimento econômico sustentável”.

Aí estão bons motivos para a reflexão e a ação. Bons motivos para fazer da luta pela água uma luta por direitos humanos e uma luta pela conservação de um bem natural.

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