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pau d´arco - UFMA - 2014

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

natal

            
Natal é nascimento e de alguma forma é esperança, assim todos sentimos a necessidade de saudar, confraternizar, celebrar o que nasce. É esse o sentimento que domina o ambiente, que irradia esse período.

            Com certeza todos nós somos capazes de ser melhor, de construir um mundo de justiça, paz, onde as pessoas não sejam julgadas e até mesmo condenadas, por serem diferentes do padrão estabelecido. Sentimo-nos, todos e todas, chamados a respeitar as diferenças como forma de termos uma sociedade plural, rica na diversidade e igual nas possibilidades de acesso a direitos.

            Dai, não podemos nos conformar e nem nos consolar com causas pequenas, que apequenam o sentido de estarmos aqui, a missão, messe, causa, chamem como queiram, é grande e desafia a não aceitar a banalização da vida, a negação de direitos, a desigualdade.

            Estamos numa frente de batalha pela realização dos direitos humanos para todos e todas, a situação que vivemos demonstra essa conjuntura, são muitas as intempéries: pobreza, desinformação, extermínio, discriminação, violência sobre violência. São obstáculos grandiosos, que não permitem descanso.

            É esse o nascimento que queremos celebrar: um mundo novo, de respeito e vida.

Feliz Natal, e que esse sentimento, de fazer nascer, perdure todo o ano, até que se torne realidade.

domingo, 21 de dezembro de 2014

domingo, 14 de dezembro de 2014

Dia Internacional de Direitos Humanos

            Dia 10 de dezembro celebramos os direitos humanos. Pode parecer estranho dizer que celebramos, com tantas violações cometidas contra a dignidade, contra a vida, contra o meio ambiente ….
            Temos vivenciado tanta violência, só na década de 90, tivemos Carandiru, em 1992, Candelária em 1993, Vigário Geral em 1993, Corumbiara em 1995, Eldorado do Carajás em 1996 e os anos 2000 também trazem marcas de extrema violência, com índices acentuados de desigualdade, concentração de riqueza, não reconhecimento dos territórios étnicos e com extermínio da população jovem, negra e periférica.
            Mas, é também nesse período, que várias entidades e movimentos em defesa dos direitos humanos foram criados; que o Brasil, pela primeira vez estabelece expressamente que é um Estado democrático de Direito, que tem como fundamento a cidadania e a dignidade da pessoa humana e que se rege nas relações internacionais pelo princípio da prevalência dos direitos humanos; que foi legitimada a noção de indivisibilidade dos direitos humanos, sendo estendido os seus preceitos aos direitos econômicos, sociais, e culturais; que são redefinidas as fronteiras entre o espaço público e privado, possibilitando que os abusos praticados na esfera privada sejam assumidos como crime contra os direitos da pessoa humana.
            Tudo isso pode parecer pouco, afinal o Brasil legal está distante, ainda, do Brasil real, contudo a existência de entidades de luta pela realização dos direitos humanos e o amparo legal nos assegura, no mínimo o direito a exigibilidade de direitos.
            Muito ainda se precisa caminhar para que os direitos humanos possam ser materializados na vida das pessoas possibilitando a todos e todas viver, produzir e se reproduzir com dignidade; para que se possa conquistar um espaço em que lutar por direitos humanos não seja reprimido, criminalizado, desmoralizado e estigmatizado; onde a participação social seja uma pratica assumida e não apenas tolerada pela administração pública; onde as pessoas sejam encarada como protagonistas de sua história; onde direitos humanos seja uma política de estado com alocação de recursos suficientes para sua implementação.

Diante de tudo isso vale celebrar?
Talvez seja justamente essa conjuntura de violência que mobiliza os lutadores e lutadoras de direitos humanos a celebrarem, a construírem esse momento especial senão para festejar, mas para honrar e reafirmar a atualidade e importância da luta por direitos humanos para a concretização do ideal de justiça que forjamos e exaltar todos e todas a cercar de cuidado as conquistas para que um dia os direitos humanos sejam realizados e se tornem realidade na vida de todos e todas do planeta. 
Quimera? Utopia? 
Não! Sede de justiça, de direito.
É por isso que muitos se movem na semana do 10 de dezembro, reunindo pessoas para publicamente refletirem sobre o compromisso nessa luta, divulgando textos, canções, frases.... É um momento especial, é um gesto público de um amor a uma causa, de compromissos de muitos e muitas que incansavelmente dedicam suas vidas à essa missão.